Economia

Fundo de Solidariedade juntou mais de 23 mil euros para trabalhadores da Global Media

Fundo de Solidariedade juntou mais de 23 mil euros para trabalhadores da Global Media
TIAGO MIRANDA

Contribuições de jornalistas, leitores e ouvintes permitiram ajudar 66 trabalhadores do Global Media Group que têm salários e subsídios em atraso há mais de um mês. Crise já isolou o administrador José Pauio Fafe e o caso já está a ser investigado pela justiça

Fundo de Solidariedade juntou mais de 23 mil euros para trabalhadores da Global Media

Rui Gustavo

Jornalista

Em pouco mais de um mês, o fundo de solidariedade criado para ajudar os trabalhadores da Global Media juntou 23,1 mil euros que foram distribuídos por 66 jornalistas e técnicos que estão a recibo verde e não recebem salário, tal como seus colegas que estão no quadro.

Segundo um comunicado dos trabalhadores do grupo, as contribuições para o fundo de solidariedade vieram de jornalistas de outros grupos, leitores e ouvintes e serviram para “regularizar contas de água e eletricidade e prestações de casa que não se compadecem com birras de administrações que ousam ir à casa da Democracia dizer jocosamente que as empresas que gerem devem muita coisa a muita gente, até salários”.

José Paulo Fafe, administrador da Global nomeado pelo World Opportunity Fund (WOF) já informou os trabalhadores que o grupo não vai transferir dinheiro para o pagamento dos ordenados de dezembro enquanto a Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) não concluir o processo administrativo para aplicação da lei da transparência.

Os donos deste fundo não foram ainda identificados e os trabalhadores da Global consideram esta posição do WOF “chantagem” e “terrorismo”.

Fafe também referiu que não haverá transferência de dinheiro enquanto Marco Galinha, também administrador e acionista minoritário não retirar uma providência cautelar que interpôs na justiça para afastar a comissão executiva liderada pelo ex-jornalista.

A crise no grupo que detém, entre outros, o DN, o JN, A TSF e o Jogo já está a ser investigada pelo Ministério Público depois de uma participação do Sindicato dos Jornalistas

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: RGustavo@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate