Economia

António Costa considera que "linha em anel" do metro aumentará fluidez da circulação em Lisboa

António Costa considera que "linha em anel" do metro aumentará fluidez da circulação em Lisboa
TIAGO MIRANDA

Primeiro-ministro visitou as obras de expansão do Metro de Lisboa que vão ligar a estação do Rato ao Cais do Sodré e permitirão a criação da futura linha circular

O primeiro-ministro manifestou-se confiante que as novas estações e troço do metropolitano de Lisboa estarão concluídos dentro dos prazos e que a futura "linha em anel" do metro vai aumentar a fluidez da circulação na capital.

António Costa assumiu esta posição no final de uma visita que efetuou à futura estação da Estrela do metropolitano de Lisboa, depois de ter percorrido a pé parte dos dois quilómetros da nova linha até à também nova estação de Santos.

As estações de Santos e da Estrela vão integrar a futura linha circular do Metropolitano de Lisboa, ligando-se às atuais linhas verde, através do Cais do Sodré, e amarela, a partir do Rato.

Tendo ao seu lado os ministros da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, o líder do executivo, no seu discurso, defendeu a opção do seu Governo pela construção de uma linha circular no Metropolitano de Lisboa - opção essa que não teve a concordância de partidos como o PCP e PSD, incluindo o presidente da Câmara, Carlos Moedas.

António Costa começou por afirmar que a futura extensão do metro à zona ocidental de Lisboa, mais concretamente a Alcântara, através da linha vermelha, constituirá "uma revolução" em termos de mobilidade.

Já em relação à futura linha circular, advogou que "terá uma importância crucial" para a cidade, porque não se trata apenas de ligar o Rato ao Cais do Sodré, com mais dois quilómetros" de linha.

"Este vai ser um segmento de dois quilómetros que formará um anel e que, pela primeira vez, permitirá criar em Lisboa uma linha circular. Quem estiver em Alvalade e quiser vir para a zona do Rato, não tem de dar a volta que agora se dá. Portanto, as pessoas, sem terem de andar a fazer transbordos, podem circular entre as zonas oriental e ocidental da cidade", alegou.

Para o primeiro-ministro, a futura linha circular de metro vai permitir "aumentar a fluidez da circulação na cidade".

"É a primeira obra que verdadeiramente serve exclusivamente a cidade de Lisboa e que aumentará significativamente a fluidez da circulação em Lisboa. Uma obra que foi definida como prioritária pela cidade e que, por isso, estamos hoje aqui a realizar", sustentou, aqui numa alusão ao anterior executivo camarário liderado pelo socialista Fernando Medina.

Na sua intervenção, o líder do executivo salientou também "o grau de maturidade" da obra de construção das novas estações de metro, embora estejam menos avançados os trabalhos entre Santos e o Cais do Sodré - a parte mais complexa em termos de engenharia.

"Nos prazos previstos, esta obra poderá entrar em funcionamento. É necessário prosseguir e concluir esta obra para melhorar a circulação na cidade e para contribuirmos para enfrentar as alterações climáticas", declarou.

A seguir, na parte final do seu discurso, fez uma alusão ao contexto do país na conjuntura económica e financeira internacional.

"Esta obra é também para ajudar ao desenvolvimento do conjunto da nossa economia. É com estas obras e com estes investimentos que ajudamos a economia a continuar a crescer, sobretudo em 2024 - um ano em que a crise económica atinge fortemente muitos dos nossos clientes internacionais, em que necessariamente as exportações serão afetadas e, por isso, é particularmente importante a necessidade de aumentar o investimento público", acrescentou.

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