Jornalistas do JN ameaçam avançar com ação judicial contra a Global Media

A redação do JN rejeita a “desvalorização a que está a ser sujeito o Jornal de Notícias” e condena qualquer tentativa que leve ao “emagrecimento da redação” ou à “redução física do jornal”. Os jornalistas deixam, assim, um aviso à nova equipa que for escolhida para ocupar os cargos deixados pelos diretores demissionários: não querem “ter uma direção que venha cumprir esses propósitos ou outros que melindrem a identidade” do único diário nacional feito a partir do Porto.

Num comunicado a que o Expresso teve acesso, a redação do JN manifesta a “maior gratidão e apoio inequívoco” aos diretores do jornal que esta quinta-feira apresentaram a demissão em bloco. Os trabalhadores compreendem a decisão e consideram-na uma “forte tomada de posição em defesa da dignidade própria e do JN”. Além disso, a redação do ‘Jornal de Notícias’ solidariza-se também com as direções demissionárias do jornal ‘O Jogo’ e da TSF.

Na mesma nota, os jornalistas referem que vão “tomar todas as diligências para uma eventual ação judicial contra a empresa”. A redação condena a “falta de pagamento, ao dia 14 de dezembro, às dezenas de colaboradores que todos os dias contribuem com grande peso para o JN e suas revistas”.

Depois da greve que fez com que o jornal não fosse para as bancas durante dois consecutivos na passada semana, os jornalistas do JN estão a preparar ações de luta conjuntas com outros profissionais dos títulos da Global Media.