Os preços no consumidor na China voltaram a registar pelo segundo mês consecutivo uma quebra, com o índice a cair 0,5% em novembro, segundo a estimativa avançada este fim de semana pelo Gabinete Nacional de Estatística em Pequim. Esta quebra foi registada em termos homólogos, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Uma variação negativa do índice de preços ao consumidor é designada por deflação.
A economia chinesa já tinha registado uma quebra de preços em julho e outubro. A descida dos preços em novembro foi muito maior do que apontavam as previsões, que antecipavam um abrandamento da quebra de preços. A maior quebra registou-se num componente essencial da alimentação chinesa, a carne de porco, cujos preços caíram 31,8% em novembro.
No entanto, a inflação subjacente, excluindo as componentes mais voláteis da energia e da alimentação, foi positiva em novembro, com um crescimento de 0,6%.
A Bloomberg adiantou que o risco de deflação se mantém para 2024 e que a crise imobiliária está a afetar seriamente a procura interna.
O ‘clube' da deflação à escala mundial é muito restrito. Em novembro integrava, além da China, a Arménia (-0,5%), Bélgica (-0,7%) e Tailândia (-0,44%). Tal como a economia chinesa, a belga e a tailandesa registam deflação há dois meses seguidos.
A Bélgica é a única economia em deflação na zona euro, que em novembro registou uma taxa de inflação de 2,4%, segundo as estimativas do Eurostat.
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