Gonçalo Rosa da Silva
A quebra na entrada de turistas em 2020 passou os 73%. O volume de negócios na restauração caiu mais de 40%. As vendas de vestuário encolheram mais de 50%
Entre máscaras e restrições à circulação, os aviões ficaram colados à pista e alguns negócios passaram meses fechados, condicionados, forçados a investir para manter alguma atividade, enquanto recorriam a apoios e moratórias que ainda estão a pagar para sobreviver. Quase quatro anos depois de o vírus da covid-19 contagiar a economia, há números que continuam por revelar, mas muitos sectores admitem “quebra abrupta” nas vendas.
Em 2020, o número de entradas de não residentes em Portugal caiu 73,7% face a 2019, para 6,5 milhões de pessoas, e o saldo da balança de pagamentos quebrou 62,2%. Um ano depois, o número de entradas de turistas cresceu 48,4%, mas ainda ficou 61% abaixo de 2019. Em 2022 a tendência de alta manteve-se, com as receitas turísticas a atingirem €21,1 mil milhões (+109,7% e + 15,4% face 2021 e 2019, respetivamente). O último relatório do Conselho Mundial de Viagens e Turismo admite um recorde em 2023.
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