Lisboa é o município com maior poder de compra
Em 2021 o poder de compra era superior à média nacional em 31 municípios, dos quais 10 na Área Metropolitana de Lisboa e cinco do Porto. Algarve é a região mais sujeita à sazonalidade
Em 2021 o poder de compra era superior à média nacional em 31 municípios, dos quais 10 na Área Metropolitana de Lisboa e cinco do Porto. Algarve é a região mais sujeita à sazonalidade
Jornalista
No ano de 2021 em apenas 31 municípios o poder de compra era superior à média nacional, com destaque para Lisboa - o município com maior poder de compra no país -, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta terça-feira.
A maioria destes 31 municípios localizam-se nas áreas metropolitanas de Lisboa (10 em 18 municípios) e do Porto (5 em 17).
O INE explica, na nota, que o “Indicador per capita (IpC) do poder de compra pretende traduzir o poder de compra manifestado, em termos per capita, nos diferentes municípios e regiões, tendo por referência o valor nacional (Portugal = 100)”.
Analisando as várias regiões, só a a Área Metropolitana de Lisboa (AML) tinha um valor acima do nacional (121,4).
A capital apresenta mesmo o valor mais alto (mais de 186), seguindo-se Oeiras (165,5) e o Porto (147,6). “Além destes destacavam-se nas áreas metropolitanas os municípios de Cascais (121,8) e Alcochete (118,9), ambos da Área Metropolitana de Lisboa, e de Matosinhos (118,1) e São João da Madeira (116,7), da Área Metropolitana do Porto”, lê-se no INE.
O gabinete estatístico destaca ainda a “situação específica” de sete concelhos da AML, que apesar de apresentarem um poder de compra acima da média nacional, ficam aquém do respetivo valor regional: Amadora, Loures, Montijo, Mafra, Almada, Setúbal e Alcochete.
“Além dos territórios metropolitanos, também municípios correspondentes a capitais de distrito revelavam um poder de compra per capita superior à média nacional, com relevância para Coimbra (119,8), Aveiro (119,7), Faro (116,0) e Évora (112,0)”, lê-se na nota.
Por outro lado, dos 10 municípios com menor poder de compra per capita manifestado, cinco pertenciam à região Norte, distribuindo-se pelas sub-regiões de Terras de Trás-os-Montes, Tâmega e Sousa e Alto Tâmega.
O INE indica ainda que as regiões AML e Norte concentravam quase dois terços (65,8%) do poder de compra no país, sendo que a AML concentrava cerca de um terço (33,6%). E a nível municipal, Lisboa destacava-se ao representar 9,7% do poder de compra total.
O INE analisa ainda a sazonalidade do poder de compra. Mais concretamente, “o Fator Dinamismo Relativo [que] pretende refletir o poder de compra de manifestação irregular, geralmente sazonal, e que está relacionado com os fluxos populacionais induzidos pela atividade turística”. A questão é particularmente visível no Algarve.
Em 2021, “dos 19 municípios do país com um FDR superior a 1 desvio-padrão da distribuição, 13 municípios situavam-se naquela região: Vila do Bispo, Loulé, Aljezur, Albufeira, Lagos, Lagoa, Castro Marim, Tavira, Vila Real de Santo António, Portimão, Silves, Monchique e São Brás de Alportel”. Destes, Vila do Bispo, Loulé, Aljezur, Albufeira e Lagos destacavam-se com um valor superior a 5.
Fora do Algarve, o INE destaca Grândola, Alcácer do Sal, Nazaré, Óbidos, Porto Moniz e Cascais entre os concelhos mais susceptíveis à sazonalidade.
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