
Estado português pode rescindir mas deve avisar 18 meses antes e pagar tudo até 2028
Estado português pode rescindir mas deve avisar 18 meses antes e pagar tudo até 2028
O contrato que garantiu a realização da Web Summit em Lisboa durante 10 anos permite que o Governo e a Câmara Municipal de Lisboa (CML) enveredem pela sua rescisão a qualquer momento — mas também obriga as entidades portuguesas a pagarem à Connected Intelligence Limited (CIL), que organiza o evento, o montante relativo a todas as edições que ficarem por realizar depois da rescisão. O mesmo contrato não contempla a tomada de posições políticas e a demissão do diretor-executivo da CIL como causas de rescisão justificadas, apesar de referir que a organização deve ter como referência mínima a dimensão e afluência da Web Summit de 2017 — mas sem impor essa obrigatoriedade.
Perante a demissão de Paddy Cosgrave da liderança da Web Summit, devido a opiniões polémicas sobre o conflito israelo-palestiniano, e a saída de marcas como a Google, a Meta, a Siemens, a IBM ou até a Volkswagen, começaram a surgir as primeiras dúvidas sobre a vitalidade que resta à Web Summit para cumprir o contrato que termina em 2028. Mas o acordo, a que o Expresso teve acesso, revela que a perda de visitantes dificilmente pode ser invocada, ainda que se mantenha como referência mínima a afluência registada em 2017 — “mas não garantida”.
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