A Alemanha, maior economia da zona euro, contraiu 0,3% no terceiro trimestre deste ano, segundo as estimativas publicadas esta segunda-feira pelo Destatis, o organismo federal de estatísticas germânico. Três outras economias da União Europeia também registaram recessão entre julho e setembro deste ano: Áustria, Irlanda e Suécia. A maior quebra vitimou a Irlanda, o conhecido ‘tigre’ europeu, cujo Produto Interno Bruto (PIB) caiu quase 5% nos últimos três meses.
O Eurostat divulga na terça-feira a primeira estimativa para o crescimento da zona euro no terceiro trimestre do ano, num quadro em que a Irlanda e a Áustria registam recessão já há dois trimestres (em termos homólogos) e o motor alemão deslizou da estagnação (crescimento zero) entre abril e junho para a quebra no trimestre seguinte (-0,3%), depois de uma inicial queda nos primeiros três meses do ano (-0,2%).
As variações do PIB referidas são em termos homólogos, ou seja, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Fosso com os EUA e a China agrava-se
Com a maior economia da zona euro em quebra, o fosso na dinâmica de crescimento da região com as outras duas grandes economias do mundo, os Estados e a China, amplia-se.
No terceiro trimestre, os EUA e a China cresceram 4,9% em termos homólogos. No caso da economia norte-americana, o ritmo de crescimento mais do que duplicou em relação ao segundo trimestre. A China viu a dinâmica abrandar de 6,3% para 4,9%, no mesmo período, esperando-se, no entanto, que possa cumprir a meta política de crescimento anual em torno de 5%.
Na zona euro, a Irlanda e a Áustria registam a pior dinâmica nos últimos seis meses, com uma quebra prolongada do crescimento, segundo os dados já conhecidos para as economias da zona euro. O outrora ‘tigre’ celta contraiu-se ligeiramente 0,7% entre abril e junho, mas afundou-se 4,7% nos três meses seguintes. As quebras têm dominado os sectores liderados pelas multinacionais localizadas no país. A economia austríaca caiu 1,1% no segundo trimestre e 1,2% no seguinte.
No espaço do euro, Espanha registou um crescimento de 1,8% e a Bélgica de 1,5%, de acordo com as estimativas já publicadas para o terceiro trimestre.
A estimativa do Instituto Nacional de Estatística para Portugal será divulgada esta terça-feira, 31 de outubro.
Entre as estimativas já conhecidas para o terceiro trimestre nas economias desenvolvidas, a Coreia do Sul registou um crescimento de 1,4% e Singapura de 0,7%.
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