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Martin Wolf, colunista do Financial Times: "Os bancos centrais existem para os governos os culparem se as coisas correrem mal"

Pier Marco Tacca/Getty Images
Pier Marco Tacca/Getty Images
Pier Marco Tacca

O influente comentador falou com o Expresso antes da sua passagem por Portugal para apresentar o novo livro “A Crise do Capitalismo Democrático”. Inflação, bancos centrais, irritação dos governos e, claro, o conflito no Médio Oriente foram alguns dos temas

Martin Wolf, colunista do Financial Times: "Os bancos centrais existem para os governos os culparem se as coisas correrem mal"

João Silvestre

Editor Executivo

Ana Marques

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Martin Wolf é um dos mais influentes colunistas mundiais. Escreve sobre Economia no Financial Times desde 1987 e vai estar em Lisboa na próxima semana para uma conferência sobre o seu ultimo livro “A Crise do Capitalismo Democrático” (editado pela Gradiva). O Expresso falou com ele a partir de Londres sobre as suas preocupações e a forma como olha para o atual momento da economia mundial.

Conseguirão os bancos centrais da Europa, EUA e Reino Unido travar a inflação sem provocar uma recessão? Pode o conflito no Médio Oriente desencadear um novo choque petrolífero como na década de 70? Apenas duas de muitas das questões colocadas durante uma longa entrevista da qual antecipamos alguns excertos e que em breve será integralmente publicada nas páginas do Expresso.

Wolf é, por vezes, criticado pelo seu pessimismo. Aos críticos, escreve logo no início do livro, dá três respostas. Primeira, o pessimismo faz com que “a maioria das surpresas” sejam agradáveis. Segunda, os seus “maiores erros advieram de um excesso de otimismo”. Terceira, o facto de a sua existência se dever “às decisões de dois homens pessimistas”: o seu pai e o avô materno. Foi o pessimismo deles que os ajudou a escapar ao nazismo e permitiu, alguns anos mais tarde, que Martin nascesse em Londres já no pós-guerra.

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Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: JSilvestre@expresso.impresa.pt

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