Martin Wolf é um dos mais influentes colunistas mundiais. Escreve sobre Economia no Financial Times desde 1987 e vai estar em Lisboa na próxima semana para uma conferência sobre o seu ultimo livro “A Crise do Capitalismo Democrático” (editado pela Gradiva). O Expresso falou com ele a partir de Londres sobre as suas preocupações e a forma como olha para o atual momento da economia mundial.
Conseguirão os bancos centrais da Europa, EUA e Reino Unido travar a inflação sem provocar uma recessão? Pode o conflito no Médio Oriente desencadear um novo choque petrolífero como na década de 70? Apenas duas de muitas das questões colocadas durante uma longa entrevista da qual antecipamos alguns excertos e que em breve será integralmente publicada nas páginas do Expresso.
Wolf é, por vezes, criticado pelo seu pessimismo. Aos críticos, escreve logo no início do livro, dá três respostas. Primeira, o pessimismo faz com que “a maioria das surpresas” sejam agradáveis. Segunda, os seus “maiores erros advieram de um excesso de otimismo”. Terceira, o facto de a sua existência se dever “às decisões de dois homens pessimistas”: o seu pai e o avô materno. Foi o pessimismo deles que os ajudou a escapar ao nazismo e permitiu, alguns anos mais tarde, que Martin nascesse em Londres já no pós-guerra.
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