A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) “nem faz parte do reforço do acordo, nem está obrigada ao cumprimento ao acordo”, fez questão de vincar aos jornalistas, esta terça-feira, o presidente da confederação, Armindo Monteiro. Falando sobre o acordo de rendimentos assinado em 2022 e a decisão da CIP de não subscrever o seu reforço, Armindo Monteiro aponta que a valorização salarial que possa vir a ser aplicada em 2024 pelos patrões da indústria dependerá da negociação ”entre as associações que integram a CIP e os representantes dos trabalhadores".
E recorda que a confederação está “desobrigada” de cumprir o referencial de 4,8% inscrito no acordo que subscreveu em 2022, uma vez que, nota, “esse referencial pressuponha determinadas condições que deixaram de vigorar. Perdeu a lógica”. Recusando assumir que no próximo ano a atualização salarial dos trabalhadores da indústria fique abaixo desse referencial, o presidente da CIP até admite recomendar aos 150 mil associados que representa aumentos superiores, em linha com os 5% previstos no reforço do acordo que optou por não assinar. Mas para isso, diz, “é preciso que o Governo incorpore no Orçamento do Estado para 2024 ”algumas das preocupações e propostas da CIP".
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