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Venda da PT à Altice: Um negócio chorudo

Patrick Drahi (segundo a contar da esq.) tem-se vindo a afastar do acionista e cofundador da Altice, Armando Pereira (segundo a contar da dir.), que deixou de ser acionista da operadora. Alexandre Fonseca (primeiro à esq.), o braço-direito do investidor português, está com as funções suspensas
Patrick Drahi (segundo a contar da esq.) tem-se vindo a afastar do acionista e cofundador da Altice, Armando Pereira (segundo a contar da dir.), que deixou de ser acionista da operadora. Alexandre Fonseca (primeiro à esq.), o braço-direito do investidor português, está com as funções suspensas
Rui Duarte Silva

Se a Altice avançar com a venda da operação em Portugal poderá encaixar mais de €4 mil milhões. Antiga PT tem-se revelado um excelente negócio para Patrick Drahi, cuja venda das antenas e parte da rede já lhe rendeu cerca de três mil milhões e euros

Venda da PT à  Altice: Um negócio chorudo

Anabela Campos

Jornalista

Quanto vale a Altice Portugal oito anos após ter sido comprada por Patrick Drahi e Armando Pereira? €4 mil milhões a €5 mil milhões, estima fonte conhecedora do mercado português e do sector europeu. Um preço que poderá ser pouco atraente para Drahi mas que lhe aliviaria bastante a pressão no pagamento da gigantesca dívida de €60 mil milhões. Ainda assim, se Patrick Drahi conseguir vender a operação portuguesa por €4 mil milhões, não se pode queixar do negócio que fez repentinamente em 2015, sob os escombros do colapso do Grupo Espírito Santo, onde a então PT tinha aplicado €897 milhões. É que, com a venda das torres e de 49% da rede, a Altice já terá encaixado cerca de €3 mil milhões. Um valor semelhante ao que encaixou em cash flow entre 2015 e 2022. Tudo somado são quase €6 mil milhões, praticamente o mesmo valor que a Altice pagou à brasileira Oi: €5,789 mil milhões. O futuro dirá se foi um negócio em que o comprador pagou com o pelo do cão.

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