Exclusivo

Economia

CTI defende obras na Portela para aeroporto durar mais 10 anos

Obras à espera da futura localização do novo aeroporto de Lisboa
Obras à espera da futura localização do novo aeroporto de Lisboa
Luís Barra

Comissão técnica independente propõe novo terminal. ANA contesta

CTI defende obras na Portela para aeroporto durar mais 10 anos

Anabela Campos

Jornalista

Vai ser preciso esperar mais uma década pelo novo aeroporto de Lisboa. Foi essa a mensagem deixada esta semana pela Comissão Técnica Independente (CTI) num relatório onde propõe o redesenho do Aeroporto Humberto Delgado (AHD), acrescentando-lhe um terceiro terminal e retirando-lhe voos não comerciais. Num relatório de 50 páginas, onde escrutina a situação do congestionado aeroporto da capital, a CTI elenca um conjunto de medidas cujo objetivo é, salienta, “melhorar as condições operacionais do AHD no curto prazo (cinco a sete anos)” e contribuir para “aumentar a sua eficiência e eficácia operacional”. Uma afirmação que fontes do sector ouvidas pelo Expresso admitem tratar-se de uma crítica à gestão da ANA e o sinalizar de que a avalia­ção da Comissão aponta como melhor opção a construção de um aeroporto internacional, afastando a opção por soluções complementares.

É vasto o conjunto de propostas feita pela equipa liderada por Rosário Partidário. Vão desde a construção de um terceiro terminal (T3) à remoção do tráfego não comercial: Beja é recomendado para tráfego charter não regular (turismo e carga), Cascais para o tráfego civil e o tráfego militar para uma base aérea que não interfira com a operação do aeroporto de Lisboa. Passam também por melhoria das infraestruturas de apoio à pista (saídas rápidas, taxiway) e, entre outras, a relocalização dos bombeiros e um túnel rodoviário de acesso à torre de controlo, considerada antiquada e com riscos de segurança. O investimento estimado é de €243,5 milhões, sem indemnizações.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ACampos@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate