Economia

Tribunal de Contas Europeu avisa: orçamento europeu arrisca perder 10% do poder de compra em 2023

Tribunal de Contas Europeu avisa: orçamento europeu arrisca perder 10% do poder de compra em 2023
Yves Herman/Reuters

Orçamento encolhe sempre que a inflação é superior a 2%. Comissão Europeia deve avaliar o impacto da inflação elevada persistente ao longo de vários anos no orçamento da União Europeia e “assinalar instrumentos para atenuar os principais riscos daí resultantes”, recomenda o Tribunal

O Tribunal de Contas Europeu (TCE) estima que o orçamento da União Europeia (UE) poderá perder perto de 10% do seu poder de compra em 2023.

As contas do guardião das finanças europeias têm por base as previsões da Comissão Europeia para a inflação.

A erosão do poder de compra do orçamento comunitário começou em 2022, com o regresso das elevadas taxas de inflação.

“Uma vez que o orçamento da UE é ajustado anualmente com um deflator fixo de 2%, o seu poder de compra é reduzido pela diferença entre este valor e a taxa média de inflação”, lê-se no relatório anual do TCE.

O documento explica como a elevada inflação afeta o orçamento da UE de outras formas. Aumenta, em especial, os custos fixos, como os custos administrativos e os custos de financiamento.

Neste contexto, o TCE recomenda à Comissão Europeia que avalie o impacto da inflação elevada persistente ao longo de vários anos no orçamento da UE e assinale instrumentos para atenuar os principais riscos daí resultantes.

“A este respeito, a Comissão deve salvaguardar a capacidade do orçamento da União de respeitar os seus compromissos jurídicos e contratuais, tais como o aumento dos custos de financiamento”, lê-se no relatório anual divulgado esta quinta-feira.

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