Inflação europeia revista em baixa: em agosto fixou-se nos 5,2%

Ao contrário do inicialmente estimado, a taxa de inflação na zona euro abrandou para 5,2% em agosto (a primeira estimativa apontava para uma estagnação nos 5,3%, valor registado em julho), indicam os dados do Eurostat, divulgados esta terça-feira.

A nota do gabinete estatístico revela ainda que, no conjunto dos 27 membros da União Europeia (UE), a inflação fixou-se em 5,9%, abrandando face aos 6,1% de julho.

Em agosto, o maior contributo para a taxa de inflação homóloga da zona euro veio dos serviços, seguido dos produtos alimentares, álcool e tabaco e dos produtos industriais não energéticos. A energia contribuiu negativamente para a inflação de agosto.

Entre estes produtos, onde se encontra o maior aumento de preços é na “comida processada, álcool e tabaco” com uma variação superior a 10%. Por sua vez, a energia registou uma variação negativa de 3,3%.

As taxas de inflação mais baixas foram registadas na Dinamarca (2,3%) e na Espanha e Bélgica (ambas com 2,4%).

Pelo contrário, as taxas de inflação mais elevadas foram observadas na Hungria (14,2%), Chéquia (10,1%) e Eslováquia (9,6%).

Na comparação com julho, a inflação abrandou em 15 países, estabilizou num (Grécia, nos 3,5%) e subiu em 11 países.

Na variação em cadeia, o índice de preços apenas recuou em seis países, tendo os restantes registado um aumento.

Tendo em conta o Índice Harmonizado de Preços do Consumidor - o indicador de inflação utilizado pelo Eurostat para se fazer comparações entre os países europeus -, a inflação em Portugal foi de 5,3% (4,3% em julho). Esta é a décima segunda taxa mais baixa entre os países da UE.

Em cadeia, a inflação em Portugal fixou-se nos 0,8%, a quarta mais elevada (ao mesmo nível que Hungria e Roménia).