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Economia

O custo da austeridade do BCE: juros da dívida sobem para 4,5% daqui a 12 meses

Presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde
Presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde
KAI PFAFFENBACH/REUTERS

A manutenção dos juros em máximos de 23 anos até ao final do primeiro semestre do próximo ano vai provocar uma subida de 1 ponto percentual nos juros da dívida pública portuguesa a 10 anos até setembro de 2024, segundo as projeções do portal World Government Bonds

A decisão do conselho do Banco Central Europeu (BCE) a 14 de setembro de voltar a subir as taxas diretoras em 25 pontos-base (um quarto de ponto percentual) provocou um aumento ligeiro dos juros (yields) da dívida portuguesa a 10 anos no mercado secundário. Neste mercado são transacionados os títulos entre os investidores, enquanto no mercado primário os Estados emitem dívida.

Os juros das Obrigações do Tesouro naquele prazo de referência subiram de 3,415% a 13 de setembro (no dia anterior ao anúncio da decisão do BCE) para 3,42% no fecho da semana. Em relação ao final de agosto, aqueles juros subiram duas décimas.

Tendo em conta a probabilidade elevada do BCE manter as taxas diretoras em máximos até ao final do primeiro semestre do próximo ano, as projeções apontam para uma subida dos juros da dívida a 10 anos para 4,5% em setembro de 2024. No caso de se verificar tal aumento, há um regresso aos níveis do início de dez anos antes, em 2014, o ano em que o país saiu do programa de resgate da troika. Em 12 meses, o custo do endividamento no prazo de referência poderá agravar-se em 1 ponto percentual, segundo as últimas projeções do portal financeiro World Government Bonds.

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