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Economia

Dívida portuguesa: em setembro de 2024, spread será mais baixo que o da Áustria e Bélgica

Dívida portuguesa: em setembro de 2024, spread será mais baixo que o da Áustria e Bélgica
MANUEL DE ALMEIDA
Os juros de referência a 10 anos das obrigações do Tesouro português desceram para 3,2% em agosto. O spread atual está abaixo de 75 pontos-base face aos juros alemães e a projeção para daqui a 12 meses aponta para uma queda para 42 pontos, inferior, então, aos prémios exigidos para a Áustria e Bélgica. Portugal continua a distanciar-se rapidamente do grupo dos periféricos do euro, uma meta política de António Costa e Fernando Medina

Os juros (yields) dos títulos de divida publica portuguesa no prazo a 10 anos desceram de 3,22% no final de julho para 3,21% a 31 de agosto, segundo dados da evolução destas obrigações do Tesouro de referência no mercado secundário da dívida. Os juros das obrigações neste prazo abriram o ano em 3,47% e chegaram a um máximo de 3,66%.

O mercado secundário abrange as transações de títulos entre os investidores. O Tesouro português só regressou a leilões de obrigações no mercado primário (de emissão) em julho depois de três meses de pausa e ainda não avançou com uma nova obrigação para a referência a 10 anos (a vencer em 2033). No último leilão na linha de obrigações que vence em 2032, o Tesouro pagou 3,549% na colocação de 397 milhões de euros em 8 de março.

Em virtude da descida dos juros no prazo a 10 anos, o spread em relação aos juros da dívida alemã na mesma maturidade tem-se encurtado. No final de agosto desceu para 74,9 pontos-base. O spread é o prémio de risco que os investidores exigem para comprar obrigações portuguesas. A referência na zona euro para o determinar é o custo dos títulos de dívida da Alemanha no prazo a 10 anos, que, no final de agosto, tinham descido para 2,461%.

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