Com a inflação subjacente — exclui bens alimentares e energéticos, com preços mais voláteis — ainda nos 5,5%, para o economista Sérgio Rebelo “é natural que o BCE tenha de continuar a subir as taxas de juro para arrefecer a economia um pouco mais e reduzir a inflação”. O professor de Finanças da Kellogg School of Management, nos Estados Unidos, não tem dúvidas: “Se o BCE soubesse o que sabe hoje sobre a evolução da inflação, teria certamente subido os juros mais cedo.”
O Banco Central Europeu (BCE) voltou a subir os juros em julho. Que caminho deve, agora, seguir, em particular na reunião de setembro?
A taxa de inflação subjacente (que exclui preços muito voláteis — os dos produtos alimentares e da energia) continua nos 5,5%, por isso é natural que o BCE tenha de continuar a subir as taxas de juro para arrefecer a economia um pouco mais e reduzir a inflação. Um aspeto que complica a tarefa do BCE são as diferenças entre países no uso de hipotecas com taxa fixa. Em França e na Alemanha, as taxas fixas são comuns e por isso a subida de taxas de juro tem um efeito lento sobre as famílias. Em Portugal, em Espanha e em Itália, os empréstimos com taxa variável ou só fixa a curto prazo são comuns, por isso a subida da taxa de juros tem implicações imediatas sobre o orçamento das famílias.
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