
Estudo para tratamento inovador vai ser estendido à Europa, incluindo Portugal, no terceiro trimestre e deverá estar pronto em 2026.
Estudo para tratamento inovador vai ser estendido à Europa, incluindo Portugal, no terceiro trimestre e deverá estar pronto em 2026.
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A Bial está a testar, em ensaio clínico de fase II nos EUA, um tratamento inovador para a doença de Parkinson, à qual o laboratório nacional tem dedicado muito do seu esforço em Investigação & Desenvolvimento (I&D). O estudo vai incluir 237 doentes, teve início em maio e será estendido a mais centros de I&D na União Europeia, incluindo Portugal, no terceiro trimestre de 2023. Trata-se de mais um marco importante para a Bial que faz 100 anos em 2024 — sempre nas mãos da família Portela — e descobriu os dois únicos fármacos do mundo com patente portuguesa.
A molécula em análise resulta do portfólio da biotecnológica norte-americana que a Bial adquiriu, no final de outubro, numa operação através da qual a companhia passou a ter uma filial em Cambridge, nos EUA, e a contar com uma equipa de investigadores locais. Ainda sem denominação comercial, o BIA 28-6156 pode vir a ser o primeiro medicamento para Parkinson capaz de travar o curso da doença. António Portela, presidente da comissão executiva (CEO) da Bial, explica que “é um tratamento potencialmente modificador da doença”. Até agora, “os medicamentos que existem no mercado apenas tratam os sintomas, ou seja, não curam, não travam e nem sequer atrasam a progressão da doença”. Já um “tratamento modificador tem a capacidade para atrasar estes efeitos”, esclarece o gestor, salientando que não arrisca dizer “que vamos ser capazes de curar”.
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