Economia

Salário médio subiu 2,4% no segundo trimestre: privado beneficiou mais do que o público

Salário médio subiu 2,4% no segundo trimestre: privado beneficiou mais do que o público
Dado Ruvic

A remuneração bruta total mensal média por trabalhador em Portugal aumentou 6,7% em termos nominais no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2022. Mas, considerando o impacto da inflação, o aumento ficou pelos 2,4%

Após quedas sucessivas em termos homólogos desde o final de 2021, o salário médio real em Portugal aumentou 2,4% no segundo trimestre, indicam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados esta quinta-feira. Isto significa que o aumento em termos nominais superou a inflação registada no mesmo período, levando a uma subida do poder de compra.

O INE destaca que se trata da segunda vez consecutiva em que são registados aumentos reais nas remunerações desde novembro de 2021: a primeira aconteceu no trimestre terminado em maio, a segunda foi no trimestre terminado em junho, que corresponde ao segundo trimestre do ano.

Verificaram-se ganhos reais tanto no sector privado, como no sector público. Mas, não da mesma ordem. Enquanto o salário médio no privado subiu 3,1% em termos reais, na Administração Pública a subida ficou pelos 2,2%.

Os números também oscilam consoante o sector de atividade económica, a dimensão da empresa, e a intensidade tecnológica intensidade do conhecimento associados a cada posto de trabalho.

Os dados publicados pelo INE abrangem 4,6 milhões de postos de trabalho, correspondentes a beneficiários da Segurança Social (sector privado) e a subscritores da Caixa Geral de Aposentações (Administração Pública).

E indicam que a remuneração bruta total mensal média por trabalhador aumentou 6,7% no segundo trimestre deste ano, para
1539 Euros, em relação ao mesmo período de 2022. Isto em termos nominais.

Já em termos reais, tendo por referência a variação do Índice de Preços do Consumidor (4,4% no segundo trimestre), a remuneração bruta total mensal média aumentou 2,4%.

O INE explica que em relação ao primeiro trimestre deste ano, “assistiu-se a uma forte desaceleração dos preços (de 8% para 4,4%) e a uma menor desaceleração das remunerações (de 7,8% para 6,7%, no caso das remunerações totais)”.

Números que levaram ao referido aumento de 2,4% do salário médio em termos reais, enquanto nos primeiros três meses do anos e tinha registado uma queda de 0,2%.

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