A Altice France suspendeu um membro da sua comissão executiva, Tatiana Agova-Bregouna, na sequência do processo de corrupção, feito em Portugal, com buscas realizadas a 13 de julho, e que envolve quadros de topo da operadora de telecomunicações cofundada pelo franco-israelita Patrick Drahi e o português Armando Pereira.
Esta quarta-feira, a Altice France, empresa que está na génese do grupo, suspendeu de funções Tatiana Agova-Bregou, administradora executiva responsável pela área dos conteúdos, aquisições e parcerias, noticiou a agência Bloomberg. No cargo desde 2019, Tatiana Agova-Bregou é o primeiro quadro da Altice France a ser colocada em licença.
A suspensão foi anunciada numa reunião entre a administração e os representantes sindicais da Altice France esta quarta-feira, um encontro onde esteve participou o presidente do conselho de administração, Arthur Dreyfuss, e Mathieu Cocq, presidente executivo da sua subsidiária SFR, e onde foi abordada a investigação judicial que está a ser feita em Portugal e as consequências para o Grupo.
As decisões de suspensão foram tomadas com o objetivo de proteger a empresa, refere a Bloomberg. Desde que o cofundador da Altice, Armando Pereira, foi detido em Portugal, a 13 de julho, no âmbito de uma investigação por alegada corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais, a Altice suspendeu contratos com cerca de 60 fornecedores, avançando com auditorias internas.
Com funções suspensas está o presidente do conselho de administração da Altice USA, Alexandre Fonseca, o diretor de compras nos EUA, Yossi Benchetrit, genro de Armando Pereira e em Portugal também o administrador executivo, com a área do imobiliário, João Zúquete. A Bloomberg refere que estão com funções suspensas e com licença cerca de 10 quadros de topo.
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