Economia

Inflação recua pelo oitavo mês seguido: INE confirma descida para 3,4% em junho

Inflação recua pelo oitavo mês seguido: INE confirma descida para 3,4% em junho

A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor em Portugal recuou para 3,4% em junho, confirmou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística. Queda dos preços dos produtos energéticos acentuou-se e subida dos preços dos produtos alimentares não transformados abrandou

Pelo oitavo mês consecutivo, a taxa de inflação homóloga em Portugal recuou em junho, fixando-se nos 3,4%, indicou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE), confirmando a estimativa inicial avançada no final de junho. Este valor tem em conta o Índice de Preços no Consumidor (IPC) e compara com 4% em maio e com o pico de 10,1% em outubro do ano passado.

A explicação está, em grande medida, no acentuar da queda dos preços dos produtos energéticos e no abrandamento da subida dos preços dos produtos alimentares não transformados.

Como destaca o INE, “esta desaceleração é em parte explicada pelo efeito de base resultante do aumento de preços dos combustíveis verificado em junho de 2022”.

Como resultado, a variação do índice relativo aos produtos energéticos diminuiu para -18,8% em junho, o que compara com -15,5% em maio.

Quanto aos produtos alimentares não transformados, o respetivo índice desacelerou para 8,5% em junho, valor abaixo dos 8,9% de maio.

Já o indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, com preços mais voláteis) também recuou, mas apenas de forma muito ligeira. A variação homóloga foi de 5,3% em junho, quando em maio tinha sido de 5,4%.

Este indicador - a que os bancos centrais prestam muita atenção - dá, assim, alguns sinais de alerta. Esta descida muito pequena aponta para a persistência de pressões inflacionistas na economia portuguesa.

Por classe de despesa, e por comparação com maio, o INE destaca as diminuições das taxas de variação homóloga dos “restaurantes e hotéis” e dos “transportes” (onde se incluem os combustíveis), com
variações de 9,7% e -3,8% respetivamente. Valores que comparam com 12,1% e -1,6% em maio.

Em sentido oposto, a variação de preços da classe da “saúde” aumentou para 4,9% (-0,4% no mês anterior), "devido ao efeito de base associado ao alargamento dos critérios de isenção de taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde (SNS) em junho de 2022", explica o INE.

Já no que toca ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) - a referência na Europa - apresentou uma variação homóloga em Portugal de 4,7% em junho, o que representa uma descida de 0,7 pontos percentuais face a maio.

Além disso, fica 0,8 pontos percentuais abaixo do valor estimado pelo Eurostat para a zona euro também em junho.

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