O ministro das Infraestruturas voltou a defender que a localização de Santarém para o novo aeroporto de Lisboa fica “longe” adiantando que “uma das dimensões da escolha é a distância, que é um desafio para o planeamento de transportes públicos. Mas não significa que Santarém seja a pior opção de todas”.
“Eu não me manifestei contra Santarém, mas mantenho o que disse, que vai aliás ao encontro do que disse a Comissão Técnica Independente (CTI)”, disse João Galamba. “A minha posição não tem nenhuma contradição, não escolhi nem excluí nem incluí nenhuma localização”, adiantou no programa Town Hall, da CNN Portugal.
Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente, foi questionado sobre a posição do Secretário de Estado da Conservação da Natureza, João Paulo Catarino, que considerou que Santarém é a localização que faz “mais sentido” para o novo aeroporto, contrariando assim João Galamba. E disse que “devemos abster-nos de dar as nossas opiniões pessoais sobre as localizações. O secretário de Estado não deveria ter dado a sua opinião”. E deve-se deixar a CTI fazer o seu trabalho, adiantou.
João Galamba garantiu que a dimensão ambiental do aeroporto também terá um peso importante na decisão final. “A dimensão ambiental é um dos eixos centrais da avaliação ambiental estratégica” e “ninguém vai fazer um aeroporto para 100 milhões de pessoas” mas “um dos fatores importantes é a flexibilidade, que a localização tenha capacidade de expansão se for necessário”.
Quanto à TAP, recusou indicar qual a percentagem que o Governo pretende vender na privatização: será “superior a 0% e inferior a 100%”. O decreto-lei não será publicado ainda este mês mas será seguramente antes de outubro, adiantou. E recusou comentar “cenários hipotéticos” relativos ao processo que está a correr a nível europeu relativo às ajudas de Estado na TAP. “Estamos empenhados na concretização do processo de abertura de capital, é nisso que estamos concentrados”.
O ministro das Infraestruturas referiu também que uma parte da linha de alta velocidade entre Lisboa e o Porto estará concluída antes de 2030 e que no próximo ano já serão lançados concursos públicos. “Terminou a consulta pública do primeiro troço Porto-Aveiro e agora está em curso o de Aveiro-Soure”, afirmou João Galamba.
João Galamba lembrou as enormes carências na ferrovia. “A nossa prioridade na ferrovia é ter comboios. Temos tantas carências. Teremos de reabilitar e construir novas linhas e comprar comboios”.
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