O défice da balança comercial portuguesa cifrou-se nos 2,53 mil milhões de euros em maio, aumentando 109 milhões de euros em comparação com o mês homólogo, de acordo com o mais recente destaque do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgado esta segunda-feira, 10 de julho.
Sem a categoria de “combustíveis e lubrificantes”, a subida homóloga do défice comercial foi de 610 milhões de euros para os 1,95 mil milhões de euros.
As exportações de bens e serviços portugueses caíram 6,9%, face ao período homólogo, ao passo que as importações recuaram 4,1%,
As exportações alcançaram os 6,95 mil milhões de euros em maio, um recuo face aos 7,46 mil milhões de euros registados no mesmo mês há um ano.
Já o montante total das importações cifrou-se nos 9,47 mil milhões de euros em maio, o que compara com os 9,88 mil milhões de euros do mês homólogo.
Em maio Portugal exportou menos 25,1% na categoria de fornecimentos industriais (que agrega todos os produtos industriais). Segundo o INE, o recuo nesta categoria deve-se principalmente à diminuição homóloga das vendas para o exterior de produtos farmacêuticos, em particular para os EUA. O segmento de “combustíveis e lubrificantes” também registou uma queda nominal de 32,6%. Sem esta última categoria de bens, as exportações recuaram 4,4%.
A contrabalançar estiveram as exportações de “material de transporte”, com um aumento de 23,5%, cujos destinos principais foram França e Espanha; e de “máquinas e outros bens de capital”, com mais 16,9%.
Nas importações, a queda na categoria “combustíveis e lubrificantes” foi de 41,3% graças à queda dos preços dos combustíveis depois da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Esta dinâmica reflete “também um efeito de base”, segundo o INE, “dado que em maio de 2022 tinha ocorrido a introdução no mercado de gás natural previamente sujeito ao regime de entreposto aduaneiro, com vista ao encerramento do entreposto de Sines, que fez aumentar de forma significativa as importações deste produto”, explica. Sem esta categoria de bens, as importações aumentaram 3,8%.
Também espelhando o abrandamento da inflação (ou, em alguns casos, a própria diminuição dos preços), os índices de valor unitário “registaram variações de -2,3% nas exportações e -6,5% nas importações”; quando “em maio de 2022 as variações tinham sido +18,2% e +24,8%”, segundo a autoridade estatística nacional.
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