As economias dos 20 países mais industrializados do mundo cresceram 0,9% no primeiro trimestre de 2023 em relação ao trimestre anterior, anunciou esta quarta-feira, 14 de junho, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Este aumento do produto interno bruto (PIB) dos países do G20 deve-se principalmente à reabertura da China depois de anos de restrições relacionadas com a pandemia de covid-19,
O crescimento chinês no primeiro trimestre foi de 2,2%, em cadeia, acelerando face ao aumento de 0,2% registado no último trimestre do ano passado.
As economias do Grupo dos 20 são a Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido, EUA, e a União Europeia.
Se o motor económico asiático está em óbvia recuperação, o da Europa sofre o impacto da guerra na Ucrânia, da inflação, e da crise energética: o PIB da Alemanha caiu, em cadeia, 0,3% nos primeiros três meses do ano. O trimestre anterior fora igualmente de queda, com um recuo de 0,4%. Contrações que, segundo a OCDE, se devem ao apertar do cinto pelo Estado e os cidadãos alemães, com uma redução do investimento e do consumo.
As duas rubricas - investimento público e consumo interno - impactaram negativamente o crescimento alemão no primeiro trimestre em 1,1 e 0,6 pontos percentuais, respetivamente.
Entretanto, noutras grandes economias europeias, o Reino Unido cresceu 0,1% no primeiro trimestre, o mesmo registo do trimestre anterior; quando França e Itália regressaram ao crescimento, com aumentos do PIB de 0,2% e 0,6%, respetivamente.
O PIB da União Europeia no seu todo cresceu, em cadeia, 0,1%, depois de ter contraído 0,2% no último trimestre de 2022.
A Índia contribuiu igualmente para esta recuperação entre as nações do G20, apresentando um crescimento de 1,9% nos primeiros três meses de 2023. Este ritmo de crescimento representa também uma aceleração face ao último trimestre de 2022, altura em que o país cresceu 1%.
O ritmo de crescimento aumentou em outras economias, como a do México (1%, após 0,6% no último trimestre de 2022) e do Japão (0,7%, acima dos 0,1% no trimestre anterior).
Países como o Brasil, a África do Sul, e a Coreia apresentaram crescimentos no primeiro trimestre de 1,9%, 0,4%, e 0,3%, respetivamente; deixando para trás as contrações de 0,1%, 1,1% e 0,4% registadas no último trimestre do ano passado.