Economia

Eólica offshore: uma nova indústria à vista em Portugal

20 maio 2023 8:23

Miguel Prado

Miguel Prado

textos

Jornalista

Jaime Figueiredo

Jaime Figueiredo

infografias

Jornalista/Coordenador-Geral de Infografia

Ao largo de Viana do Castelo o consórcio Windplus, liderado pela EDP, terá o primeiro parque eólico offshore português, com três turbinas Vestas de 8,4 MW cada.

d.r.

Renováveis. Portugal tem um dos mais ambiciosos planos da Europa para as eólicas no mar. A tecnologia ainda não está madura. Mas o Governo está determinado em avançar

20 maio 2023 8:23

Miguel Prado

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Jaime Figueiredo

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O plano do Governo português é instalar 10 gigawatts (GW) de capacidade eólica no mar. E para Marco Alves, que há duas décadas acompanha o tema das energias renováveis offshore, é “uma grande ambição”. Se toda essa potência for instalada, estaremos a falar de 35 terawatts hora (TWh) por ano de produção, cerca de 75% do consumo elétrico nacional atual. E é exequível? “Eu acho que é exequível... mas quem é que vamos envolver?”, questiona o presidente do Wavec, um centro de investigação português fundado em 2003 e ligado inicialmente à energia das ondas, mas que depois estendeu a sua atuação às eólicas offshore. Para Marco Alves será importante o país atrair atores com experiência e capacidade para pôr em marcha uma nova fileira industrial.

Marco Alves admite que “é muito difícil” Portugal conseguir ter já em 2030 em operação os 10 GW ambicionados pelo Governo, devido ao tempo que projetos desta natureza levam a ser desenvolvidos. “Mas se chegarmos a 3 ou 4 GW em 2030 já considero uma grande vitória”, observa. Para o presidente executivo do Wavec, o leilão que Portugal realizará para atribuir as áreas de exploração terá de ser faseado, porque ainda não há uma cadeia de abastecimento preparada para entregar todos os equipamentos. “Não pode ser de outra maneira”, sublinha.