O Banco do Japão (BoJ) decidiu esta sexta-feira manter os juros em -0,1%, conservando as suas taxas de referência em terreno negativo desde 2016. É atualmente a única taxa negativa no mundo. A sucessão do governador em abril não alterou o que os japoneses chamam de “paciente política de alívio monetário”. Kazuo Ueda, o novo governador, conserva a política ultra expansionista lançada pelo seu antecessor, Haruiko Kuroda, apesar de a inflação na capital Tóquio (um dos indicadores de referência) ter subido para 3,5% em abril.
A opção por não mexer nos juros foi a decisão largamente maioritária em abril entre os bancos centrais. Em 34 reuniões agendadas até esta sexta-feira de manhã, 71% das decisões foram de pausa na subida (ou descida) das taxas diretoras. As opções pela pausa somaram 24 bancos centrais.
O contraste com março é flagrante: no mês passado registaram-se 28 decisões de aumento dos juros; em abril, até agora, foram apenas oito. A paragem no aperto monetário é maioritária. Registaram-se duas exceções nas economias desenvolvidas que decidiram aumentos agressivos dos juros em meio ponto percentual (50 pontos-base): Nova Zelândia e Suécia.
Registe-se que, em abril, não se realizaram reuniões de três importantes bancos centrais: Reserva Federal dos Estados (que se reúne a 3 de maio), Banco Central Europeu (com reunião do conselho a 4 de maio) e Banco de Inglaterra (com reunião a 11 de maio).
Artigo Exclusivo para assinantes
Assine já por apenas 1,63€ por semana.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes