O tom pessimista que ensombrou as previsões económicas do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2023 deu lugar, subitamente, no final desta semana de reuniões de primavera, ao otimismo em relação ao próximo ano. O palco deste otimismo final foi o debate sobre economia global que encerrou os grandes eventos da semana do Fundo e do Banco Mundial.
Quando a jornalista Sara Eisen, da CNBC, que moderava o painel, fez uma sondagem ao vivo sobre quem achava que em 2024 haverá recessão, apenas um braço se levantou na audiência apinhada no átrio da sede do Fundo em Washington. O painel, onde se encontrava Kristalina Georgieva, a diretora-geral do Fundo, não conteve a satisfação. Não sem que o guru Raghuram Rajan, ex-economista-chefe do FMI e ex-governador do Banco da Reserva da Índia, que integrava o painel, soltasse, com ironia, que “conseguimos convencê-los que não haverá [recessão]”.
Mas o otimismo sobre 2024 não conseguiu apagar o espinho cravado na economia mundial pela invasão russa da Ucrânia, como recordou o primeiro-ministro da Polónia Mateusz Morawiecki, os riscos de não saber lidar com a fragmentação geopolítica, de que falou Rajan, ou a situação muito séria de sobreendividamento num grupo de países pobres que preocupa Georgieva.
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