Economia

Medina espera redução mais significativa da inflação e acusa Iniciativa Liberal de mentir sobre o dossiê TAP

Medina espera redução mais significativa da inflação e acusa Iniciativa Liberal de mentir sobre o dossiê TAP
JOSÉ SENA GOULÃO

O ministro das Finanças diz que a redução da inflação será mais significativa já a partir deste mês. E, no que respeita à TAP, acusa a Iniciativa Liberal de mentir quanto ao seu conhecimento sobre a indemnização de Alexandra Reis

O ministro das Finanças, Fernando Medina, está convicto de que "a redução (da inflação) se torne mais significativa ao longo dos próximos meses, já em particular a partir do mês de abril”. Disse-o esta terça-feira no Parlamento, quando questionado sobre quando voltaria a inflação aos valores padrão desejados pelo BCE. E recordou que desde o final de 2022 e início de 2023 a taxa de inflação registou descidas.

Fernando Medina disse ainda que no final de 2021 e meados de 2022 se falava de uma inflação temporária. "Tínhamos a convicção de que a inflação nos iria acompanhar por mais tempo e por isso mantivemos o apoio ao salário mínimo nacional, conseguimos um acordo com o sector privado e o acordo com o setor público, reforçado com o apoio adicional", referiu o governante.

Medina acredita que em alguns bens os preços estão a desacelerar, mas também diz que “a expectativa que temos é que relativamente a outros haja de facto diminuição de preços, que já está a acontecer nos mercados internacionais”, por via da redução dos preços de algumas matérias-primas.

Ao longo de quatro horas e meia de audição perante os deputados, Fernando Medina repetiu algumas respostas sobre temas já abordados.

Numa audição potestativa pedida pelo Chega para falar sobre a medida do IVA zero dos bens essenciais, o ministro das Finanças disse esperar que o acordo alcançado “seja bem sucedido”.

A “mentira da palavra da Iniciativa Liberal…”

O ministro das Finanças fez questão de sublinhar que o deputado João Cotrim de Figueiredo, da Iniciativa Liberal, que não estava presente, insiste em questioná-lo sobre a indemnização da administradora da TAP, Alexandra Reis (500 mil euros) e depois pelo seu convite para ser secretária de Estado do Tesouro.

Embora o deputado não estivesse na sala, a questão ficou respondida. Medina afirmou que passaram-se meses e ninguém conseguiu provar que tivesse conhecimento sobre a indemnização que Alexandra Reis tinha recebido.

“Nem a minha equipa nem a anterior tinha conhecimento do processo. O que se passou ao longo destes meses foi a mentira da palavra da Iniciativa Liberal quando me acusou sobre um determinado facto (que sabia da indemnização de Alexandra Reis)…quando me acusou de não falar verdade”, comentou o ministro das Finanças.

Mas prosseguiu: “O que aconteceu é que os senhores deputados foram criando uma mentira. E a verdade é o que sempre disse, que não tinha essa informação”.

“Quanto ao convite que lhe fiz para secretária de Estado do Tesouro, fi-lo porque acompanhei o seu percurso profissional e achei que tinha competências para o cargo. Daí o convite”, acrescentou.

Quase 4,6 milhões já receberam o apoio dos 125 euros

O ministro das Finanças disse também, na sua audição, que “mais de 95% dos beneficiários possíveis já receberam os 125 euros do apoio” concedido a quem ganhava até 2700 euros mensais brutos.

Quando questionado sobre o que pode fazer em relação a cerca de 200 mil que ainda não receberam o apoio, por não terem atualizado os dados das suas contas bancárias ou por não as terem de todo, o ministro afirmou também que “relativamente aos restantes (os que não receberam) depois desta última tentativa em abril não haverá outras”. E recordou o facto de se estar desde dezembro a tentar pagar.

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