A balança comercial portuguesa aumentou o seu défice em fevereiro, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira, 10 de abril, num mês em que o crescimento das exportações e importações abrandou face a janeiro.
Em fevereiro, apesar das importações terem aumentado a um ritmo menor do que as exportações - 7% e 6,7%, respetivamente, em termos nominais (isto é, a preços correntes, sem serem ajustados à inflação) - o défice comercial aumentou em 129 milhões de euros em fevereiro face ao ano passado, pelo facto do montante total das importações ser mais elevado.
De acordo com as estatísticas de comércio internacional do INE, o agravamento do défice da balança comercial foi de 129 milhões de euros em fevereiro em comparação com o mês homólogo, totalizando os 2367 milhões de euros. Sem a componente dos “combustíveis e lubrificantes”, o défice comercial português foi de 1782 milhões de euros, mais 424 milhões de euros face a fevereiro do ano passado.
As exportações de bens aumentaram 7% em fevereiro de 2023 face ao mesmo mês do ano anterior, ao passo que as importações de bens cresceram 6,7% em termos nominais, abrandando face aos crescimentos de 13,8% e 10,8%, respetivamente, de janeiro.
“Excluindo “combustíveis e lubrificantes”, observaram-se aumentos de 10,0% nas exportações e 14,3% nas importações (+13,7% e +11,4%, respetivamente, em janeiro de 2023)”, acrescenta a autoridade estatística nacional.
“Note-se que fevereiro de 2023 teve menos um dia útil que o mês homólogo de 2022 e menos três dias úteis que o mês anterior, o que poderá ter influenciado as variações no mês em análise”, ressalva o INE.
Refletindo o aumento dos preços em vários mercados globais, “os índices de valor unitário (preços) registaram variações de +7,1% nas exportações e +4,4% nas importações (…) excluindo os produtos petrolíferos, as variações foram +7,4% nas exportações e +4,6% nas importações”, detalha.
Nos três meses com fim em fevereiro, “o crescimento das exportações e das importações voltou a abrandar, com variações de +10,0% e +9,0%, respetivamente, em relação ao mesmo período de 2022”, finaliza.
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