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Economia

Novas taxas “cegas” ameaçam 70% do alojamento local

No caso de Lisboa, a contribuição extraordinária na calha para o alojamento local “cria uma crise sem precedentes na maior economia da cidade”, alerta a ALEP
No caso de Lisboa, a contribuição extraordinária na calha para o alojamento local “cria uma crise sem precedentes na maior economia da cidade”, alerta a ALEP
Inês Duque

Governo já recuou de 35% para 20% na contribuição extra sobre AL, mas o cálculo continua por esclarecer

Uma das medidas mais polémicas do programa Mais Habitação continua a ser a das restrições ao alojamento local (AL), em particular com a criação de uma “contribuição extraordinária”, onde o Governo já recuou, descendo-a de 35% para 20% — mas que continua sem ter racional consistente, segundo a associação do sector, prevendo que irá “matar” um segmento que representa mais de 40% das dormidas turísticas em Portugal.

Com que base se baixou, de repente, uma nova contribuição anunciada de 35% para 20%? “E quantas habitações acham que vão conseguir com isso? Esse cálculo nunca existiu e não houve qualquer tipo de análise, são taxas cegas, é impressionante”, nota Eduardo Miranda, presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), enfatizando a “total irresponsabilidade” que tem marcado o processo. “Estivemos com parlamentares de todos os partidos, e ninguém soube responder como se chegou à fórmula desta contribuição ou como será aplicada.”

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: cantunes@expresso.impresa.pt

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