Economia

"Descer o IVA é possível e desejável", reage o presidente da CAP

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“Deus queira que o Governo finalmente tenha percebido que urge agir e aceite aprender com o correu mal em Espanha para dar um desconto direto ao consumidor”, diz Eduardo Oliveira e Sousa

“Deus queira que o Governo finalmente tenha percebido que urge agir e aceite aprender com o correu mal em Espanha para dar um desconto direto ao consumidor”, diz Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da CAP - Confederação dos Agricultores de Portugal numa reação às declarações do primeiro-ministro sobre o combate à inflação da cadeia agroalimentar.

No Parlamento, esta tarde, António Costa avançou que a redução do IVA em alguns bens alimentares está entre as medidas em estudo e admitiu contactos com o setor agroalimentar para “agir sobre os preços”.

Do lado da CAP, Eduardo Oliveira Sousa garante ao Expresso que não houve, até ao momento, qualquer contacto do Governo liderado por António Costa para discutir formas de combater a inflação, mas admite que a possível descida do IVA “é bem vinda, é possível e desejável”.

Apesar das informações relativas a Espanha indicarem que a descida do IVA acabou por não ter impacto nos bens essenciais, a CAP acredita que Portugal pode aproveitar a experiência do país vizinho para evitar o que correu mal e garantir que a descida do IVA chegue efetivamente ao consumidor.

E, tal como em Espanha, a CAP defende ajudas à produção, “a montante da cadeia agroalimentar, sob a pressão da guerra na Ucrânia e da seca, à espera de ajudas que nunca chegaram para combater o efeito da subida dos custos de produção”.

Atenção às famílias

O que o Governo tem de fazer "não pode limitar-se a preços tabelados, um selo de preço justo ou um observatório de preços, que transformam o Governo e o ministério da Agricultura, especificamente, em polícia, quando devia de ser bombeiro”, sublinha.

Na expetativa de que “o Governo tenha, finalmente percebido que a produção é uma parte fundamental da cadeia alimentar”, Oliveira e Sousa também defende uma “atenção especial às famílias verdadeiramente carenciadas, a exemplo do que faz a Grécia, onde os apoios mensais podem chegar aos mil euros, dependendo do número de filhos".

Tudo isto, sem esquecer que “até agora, o Governo tem saído a ganhar e muito com a inflação na cadeia alimentar devido ao efeito do aumento de preços nos impostos arrecadados”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mmcardoso@expresso.impresa.pt

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