Quando nasceu, ainda sob a modalidade de sociedade de investimento (SPI), o BPI conseguiu congregar uma série de empresas portuguesas que desde o início validaram o projeto e lhe deram grande notoriedade. Como escrevia o Expresso a 3 de janeiro de 1981, do núcleo de acionistas fundadores constavam 83 empresas privadas e a Fundação Engenheiro António de Almeida. “Estas 83 empresas dividem-se por vários sectores de atividade: alimentação, bebidas, litografia, cabos elétricos, calçado, porcelana e cerâmica, veículos de transportes, construções navais, cordoaria, cortiça, eletrónica, têxteis de lã, malhas, materiais de construção, metalomecânica ligeira e pesada, metalurgia, papel, indústrias químicas, resinas, tapeçarias e alcatifas, têxteis de algodão e fibras, vidro, comércio geral, construção e obras públicas, turismo.”
O BPI não demorou muito tempo a evoluir de banco de investimento para banco universal com a compra dos bancos comerciais Fonsecas & Burnay (BFB) em 1991 e em 1996 o Fomento e Exterior (BFE) e o Borges & Irmão (BBI). “As necessidades de capital eram crescentes. Depois de termos liderado a banca privada de investimento nos anos 80 percebemos que, uma vez esgotado o grande desafio das privatizações, o mercado precisava de uma oferta global. E, tal como eu tinha previsto quando nasceu a SPI, tínhamos de ser um grupo universal”, explica Artur Santos Silva.
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