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1981: “O país precisava de bancos de investimento”, diz Artur Santos Silva sobre o nascimento do BPI

1981: “O país precisava de bancos de investimento”, diz Artur Santos Silva sobre o nascimento do BPI

Fundador e presidente honorário do banco recorda a criação da Sociedade Portuguesa de Investimento (SPI) que, mais tarde, seria o BPI

Artur Santos Silva não rejeita a designação de “pai da banca privada portuguesa” — “as outras pessoas é que dão os nomes que entenderem”. Em 1981 lançou a Sociedade Portuguesa de Investimento (SPI), que, quatro anos mais tarde, deu origem ao Banco Português de Investimento (BPI). Foi o primeiro banco privado criado em Portugal após a Revolução de 25 de Abril de 1974, na sequência da qual todas as instituições financeiras foram nacionalizadas. Hoje com 81 anos, o banqueiro, que é presidente honorário do BPI e curador da Fundação “la Caixa”, recorda como foi criar este projeto, hoje controlado pelo espanhol CaixaBank.

Como foi a aventura de criar uma sociedade de investimentos que acabou por dar origem ao BPI?

Tive uma experiência extremamente feliz na banca. Entre 1963 e 1967, fui assistente da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em Finanças Públicas e Economia Política, e depois fui para o Banco Português do Atlântico (BPA), onde assumi, com 27 anos, um cargo diretivo. O BPA foi uma grande escola, foi um período rico, estimulante e gratificante. Foi muito fácil trabalhar numa instituição já instalada e que funcionava muito bem. Em janeiro de 1975 sou convidado para a administração do banco, mas não fui, porque a 14 de março o banco foi nacionalizado.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: IVicente@expresso.impresa.pt

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