Taxa de inflação na OCDE volta a abrandar em dezembro
O menor ritmo de subida dos preços da energia foi o principal fator a aliviar a taxa de inflação de dezembro nos 38 países da OCDE
A inflação nos 38 países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) abrandou para os 9,4% em dezembro face a 10,4% em novembro, de acordo com dados da instituição divulgados esta terça-feira, 7 de fevereiro.
A taxa de inflação de dezembro representa um novo abrandamento face aos 10,8% registados em outubro, o pico deste surto, e é o valor mais baixo desde abril de 2022.
O abrandamento do ritmo de subida dos preços da energia é um dos maiores fatores, com a taxa de inflação da energia a abrandar para mínimos de agosto de 2021, de 23,8% em novembro para 18,4% em dezembro. Na OCDE, o pico da taxa de inflação da energia foi atingido em junho deste ano.
Também a contribuir estiveram os preços dos bens alimentares, cuja taxa de inflação caiu dos 16,2% em novembro para os 15,6% em dezembro.
A inflação subjacente, que exclui os preços da energia e dos bens alimentares por serem mais voláteis, abrandou de 7,7% em novembro para 7,2% em dezembro.
De novembro para dezembro registaram-se abrandamentos na inflação em 25 dos 38 países que fazem parte da OCDE. Os países com taxas de inflação acima dos 10% eram 15 no último mês do ano, com a Hungria (24,5%), a Letónia (20,8%), a Lituânia (21,7%), e a Turquia (64,3%) a registarem as maiores taxas.
A taxa de inflação na OCDE, informa a organização, “foi mais do dobro da de 2021”, fixando-se nos 9,6% face à taxa média de 4% de 2021, “alcançando a sua média anual mais alta desde 1988”.
Entre os países do G7, o Japão foi o único a registar uma aceleração da inflação em dezembro, com a Alemanha a ter uma queda acentuada da taxa graças a um apoio estatal na energia.
“A inflação dos bens alimentares e da energia continuaram a ser os maiores contributos para a taxa de inflação geral em França, Alemanha, Itália, e Japão, ao passo que a inflação sem bens alimentares e energia foi a maior impulsionadora no Canadá, no Reino Unido, e nos Estados Unidos”, detalha a OCDE.
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