A zona da moeda única europeia deverá crescer 0,7%, avançam esta terça-feira as previsões para 2023 do Fundo Monetário Internacional, divulgadas em Singapura. Mas, para não derrapar, o BCE tem de manter subida de juros e a política orçamental tem de endurecer
O crescimento da zona euro vai abrandar significativamente em 2023, mas escapa a uma estagnação e a sua principal economia, a Alemanha, evita, por um triz, uma recessão. O crescimento dos 20 países do euro (depois da entrada da Croácia em janeiro) desliza de 3,5% no ano passado para 0,7% este ano e a economia germânica, governada pelo chanceler Olaf Scholz, deverá crescer 0,1%, em vez de uma contração de 0,6% prevista pela Comissão Europeia em novembro do ano passado.
Estas previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) foram divulgadas esta terça-feira em Singapura, no âmbito da atualização feita pelos técnicos da organização às projeções internacionais avançadas em outubro passado. O FMI resolveu ‘deslocalizar’ a apresentação das primeiras previsões do ano de Washington, onde tem a sede, para a cidade-Estado asiática.
Mas o otimismo moderado do Fundo sobre a zona euro pode toldar-se se o Banco Central Europeu (BCE) vacilar e se os governos não corrigirem o tiro na política orçamental. As recomendações globais que os técnicos do FMI avançam para todo o mundo aplicam-se, também, no caso das 20 economias do euro. Os riscos políticos internos são dois: o BCE “desapertar demasiado cedo” a subida de juros e os governos não reverterem “medidas caras e cada vez mais insustentáveis”.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes