"Eu não fui informada da nomeação de Alexandra Reis para a NAV [Navegação Aérea de Portugal], só fui informada depois de já ter acontecido, li no jornal", disse, esta quarta-feira, a presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, na audição parlamentar em que está a ser ouvida sobre a saída da administradora Alexandra Reis, com uma indemnização de 500 mil euros.
A presidente executiva respondia ao deputado socialista Carlos Pereira, que, além de questionar sobre a nomeação de Alexandra Reis para a TAP, pediu também mais pormenores sobre a saída. Previamente, a líder da companhia aérea portuguesa tinha já referido que “havia divergências na implementação do plano de reestruturação”.
"Na equipa executiva, é crucial haver um alinhamento relativamente à implementação do plano. Essa foi a única razão para a saída de Alexandra Reis da companhia aérea", disse a presidente executiva da TAP, em resposta ao deputado André Ventura, do Chega.
Mas Carlos Pereira queria mais pormenores: “Havia aqui razões sobre política de recursos humanos, relação com os sindicatos (…), tínhamos também alguns desacordos em relação à frota e às decisões que queríamos mudar, questões muito técnicas, como imaginam”, disse.
A presidente da TAP acrescentou ainda que a situação de Alexandra Reis “não é habitual”, mas que “em termos práticos é recomendável trabalhar com firmas externas”.
Por fim, em relação ao papel do presidente do conselho de administração (chairman) - uma das primeiras questões dos socialistas - Ourmières-Widener disse que ele “manteve contactos diretos com o secretário de Estado das Infraestruturas”.
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