Exclusivo

Economia

Ensino profissional: empregabilidade não é suficiente para cativar jovens. Portugal continua longe da média europeia

Carlos Oliveira, presidente da Fundação José Neves
Carlos Oliveira, presidente da Fundação José Neves
Rui Duarte Silva

Cerca de 37% dos jovens portugueses que terminam o ensino secundário provêm do Ensino Profissional. O número coloca Portugal entre os dez países da União Europeia com menor percentagem de alunos nesta via de ensino, abaixo da média europeia, que está nos 49%

Ensino profissional: empregabilidade não é suficiente para cativar jovens. Portugal continua longe da média europeia

Cátia Mateus

Jornalista

No ano letivo 2020/2021, 115.135 alunos portugueses estavam inscritos nos cursos profissionais do ensino secundário, 33% do total. Se a este número juntarmos todas as vias profissionalizantes, ou seja, as ofertas de educação e formação no ensino profissional, a percentagem chega aos 39%, ligeiramente mais do que aqueles que efetivamente concluem a sua formação por esta via, cerca de 37%.

Estes números, que colocam Portugal ainda longe da média europeia de 49% de alunos no ensino profissionalizante, não têm sofrido grandes alterações nos últimos dez anos, mas o objetivo do Governo é alcançar, até 2030, a meta de 55% de alunos a frequentar o ensino profissionalizante. O que está a limitar este percurso? “O preconceito em relação ao Ensino Profissional, ainda muito enraizado na nossa sociedade e está, sobretudo, relacionado com a perceção, enganadora, de que este apresenta uma qualidade inferior e que é destinado aos jovens que não encontram outras alternativas”, sinaliza a Fundação José Neves, que lança esta quarta-feira o “Guia para o Ensino Profissional: uma escolha com futuro”.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: cmateus@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate