
O governador do Banco de Portugal deu o tiro de partido para as fusões na banca, mas qualquer uma das operações que envolva os quatro maiores bancos privados arrisca-se a tirar a Caixa do lugar de maior banco do sistema
O governador do Banco de Portugal deu o tiro de partido para as fusões na banca, mas qualquer uma das operações que envolva os quatro maiores bancos privados arrisca-se a tirar a Caixa do lugar de maior banco do sistema
Jornalista
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A liderança da Caixa Geral de Depósitos (CGD) está ameaçada caso se concretize a fusão entre o BCP e o Novo Banco (NB), que o governador do Banco de Portugal considerou que traria sinergias “benéficas”. Mário Centeno vê a consolidação como “inevitável”, e, mesmo com outros protagonistas, o maior banco do sistema pode vir a ser outro; a não ser que a própria instituição pública seja protagonista nas mudanças — o que o Governo já quis e que Paulo Macedo, o presidente executivo, já assumiu que poderia acontecer.
A consolidação da banca é um cenário a que o Banco Central Europeu (BCE) é favorável — para resultar em bancos mais sólidos, mais rentáveis e mais eficientes. A Federação Europeia de Bancos, de que a Associação Portuguesa de Bancos faz parte, viu com bons olhos as novas regras do BCE para operações deste género e até pediu mais flexibilidade para transações transfronteiriças. No mercado ibérico, Espanha tem estado ativa nas mexidas; em Portugal, tudo se encontra parado.
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