Foi no final de janeiro de 2022 que Christine Ourmières-Widener, a presidente executiva da TAP, convidou Alexandra Reis a sair da transportadora, tinham passado pouco mais de seis meses depois da sua recondução no cargo e da entrada da gestora francesa. Ficou estabelecido que seria um acordo para uma renúncia, para não haver muito ruído na praça pública. As relações entre as duas eram tensas, mas, ao que o Expresso apurou, a decisão da presidente da Comissão Executiva da TAP apanhou Alexandra Reis de surpresa. A saída era para avançar rapidamente, e para isso seria feito um acordo negociado de renúncia. Havia eleições legislativas e o melhor seria que o processo não se atrasasse, correndo o risco de ficar parado ou mesmo de voltar para trás. O Governo estava a par da decisão da nova presidente e não se opôs.
Mal sabia Alexandra Reis, que 10 meses mais tarde estaria a ser convidada por Fernando Medina para secretária de Estado do Tesouro, com a tutela das empresas públicas. Sem filiação política nem experiência governamental, Alexandra Reis acabou por ter uma passagem fugaz pelo Governo — 26 dias apenas —, mas acabou por arrastar consigo um superministro, Pedro Nuno Santos, e dois secretários de Estado. E nada garante que ficará por aqui.
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