Itália é o elo mais fraco da zona euro em 2023, segundo o painel de especialistas ouvidos pelo Financial Times. Nove em cada dez economistas ouvidos pelo jornal britânico consideram que a dívida pública italiana é a que, na área da moeda única europeia, corre maior risco de stresse no mercado este ano. A Itália tem o segundo mais alto nível de endividamento na zona euro, depois da Grécia, contudo vai registar défices orçamentais muito mais elevados do que os previstos para a economia helénica.
Mas a Itália não está sozinha em 2023 nas preocupações do mercado face à continuação do aperto monetário pelo Banco Central Europeu (BCE). Pierre Briançon, um destacado colunista da Reuters, chama a atenção, esta terça-feira, para a possibilidade de uma surpresa em França, com um evento inesperado a fazer recordar a “revolta dos mercados” em setembro e outubro do ano passado contra a então primeira-ministra britânica Liz Truss.
A economia gaulesa vai registar este ano e no próximo défices acima de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) e a trajetória de endividamento público aponta para mais de 110% do PIB nesse período, acima do português.
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