O custo médio de emitir nova dívida pública pelo Tesouro português quase triplicou em 2022. Subiu de 0,6% em 2021 para 1,7% em 2022, segundo dados da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP). No prazo de referência a 10 anos, o nível dos juros multiplicou-se por sete no mercado secundário (onde os títulos são transacionados entre os investidores). A yield subiu de 0,49% no final de 2021 para 3,58% no fecho de 2022.
No quadro da zona euro, o aumento dos juros a 10 anos das obrigações portuguesas foi ligeiramente superior à média de subida de três pontos percentuais para o conjunto dos 19 membros do euro e foi inferior à média (3,3 pontos percentuais) do grupo dos 10 periféricos do euro. O grupo dos periféricos, que abrange as economias da moeda única com maiores spreads face ao custo da dívida alemã, é formado atualmente por Chipre, Croácia (que entrou a 1 de janeiro de 2023), Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Grécia, Itália, Letónia, Lituânia e Portugal. A subida foi similar à de Espanha e inferior à dos restantes países periféricos do euro.
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