Economia

Depósitos e crédito abrandam crescimento em novembro

Depósitos e crédito abrandam crescimento em novembro
Mathieu Stern/unsplash

Os depósitos das empresas e dos particulares em novembro registam uma desaceleração face a igual período de 2021, e recuam face ao mês anterior, outubro. O crédito concedido também dá sinais de abrandamento à exceção do crédito ao consumo

Em novembro os depósitos bancários e os créditos concedidos tanto às empresas como a particulares revelam sinais de abrandamento, indicam as estatísticas mensais do Banco de Portugal, divulgadas esta quinta-feira.

O montante de depósitos de particulares nos bancos ascenderam a 182,3 mil milhões de euros, o que representou uma subida marginal de 200 milhões de euros face a outubro. No que diz respeito à variação face a novembro de 2021 foi de 5,8%.

Os depósitos de empresas totalizaram até novembro 64,8 mil milhões de euros, o que face a outubro corresponde a um decréscimo de 300 milhões. Face a novembro de 2021 os depósitos das empresas subiram 7,8%.

Para esta desaceleração dos depósitos dos particulares entre outubro e novembro, e descida no caso das empresas, não será alheia a oferta de remuneração nos certificados de Aforro e Bilhetes do Tesouro, que superam em muito a remuneração dos depósitos na banca devido à subida dos juros da Euribor.

Crédito a habitação abranda pelo quarto mês consecutivo

O montante de empréstimos para habitação era no final de novembro de 100,2 mil milhões, mais 100 milhões de euros do que em outubro, o que representa uma desaceleração pelo quarto mês consecutivo, mas corresponde a um crescimento de 4% face a novembro de 2021, prossegue o Banco de Portugal.

No que toca ao crédito ao consumo foram concedidos 20,7 mil milhões, o que traduz um crescimento de 5,8% face a novembro de 2021. Em outubro o crescimento havia sido de 6% face a igual mês de 2021.

Nas empresas o montante de crédito concedido ascendeu a 75,9 mil milhões de euros, menos 200 milhões de euros do que em outubro.

Face a novembro de 2021 o crescimento ficou pelos 800 milhões de euros, quando no mês anterior tinha sido de 1,1%.

“Esta desaceleração foi mais expressiva nas pequenas empresas e nos setores das indústrias extrativas, das atividades de consultoria, científicas, técnicas e administrativas e das indústrias transformadoras”, refere o Banco de Portugal.

Já os empréstimos concedidos aos setores construção e das atividades imobiliárias aceleraram.


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