Economia

Líder da Zurich avisa que ciberataques poderão ficar de fora da cobertura dos seguros

Líder da Zurich avisa que ciberataques poderão ficar de fora da cobertura dos seguros
picture alliance

O cibercrime pode ficar totalmente fora das coberturas das seguradores, avisou o presidente executivo da Zurich. Algumas seguradoras têm vindo a adaptar-se, aumentando o prémio ou mudando apólices

O presidente executivo da Zurich, Mario Greco, alertou que os ciberataques serão, cada vez mais, acontecimentos não cobertos pelos seguros, tal como as catástrofes naturais, noticia o “Financial Times”.

Os líderes das seguradoras têm debatido sobre a possibilidade de conseguirem fornecer cobertura a certos riscos, como ambientais, pandemias ou até mesmo cibercrime. Segundo o jornal, é já o segundo ano consecutivo em que os custos relacionados com catástrofes naturais devem chegar a 100 mil milhões de dólares.

Ainda assim, para o responsável, é o cibercrime que acabará certamente por sair das coberturas dos seguros.

Ataques recentes que afetaram hospitais, fecharam oleodutos e atacaram departamentos governamentais alimentaram a preocupação com esse risco crescente entre os responsáveis do setor dos seguros.

No geral, o setor tem-se já adaptado a este risco, quer seja através da subida dos preços ou a limitar as suas apólices para que o cliente tenha mais encargos.

Mario Greco considera que há um limite para quanto o setor privado pode cobrir, em termos de perdas provenientes deste tipo de ataques. Por esse motivo, apelou aos vários governos que “estabeleçam esquemas público-privados para lidar com riscos cibernéticos que não podem ser quantificados”.

Já em setembro o governo norte-americano estudava algo semelhante. Nos Estados Unidos o governo desincentiva o pagamento de resgates, algo que Greco considera positivo, pois havendo menos “pagamento de resgates, haverá menos ataques”.

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