
Bancos admitem fazer parte do pleno de reestruturação da Efacec e aceitar perdão de dívida se obrigacionistas e fornecedores também forem chamados a participar na solução
Bancos admitem fazer parte do pleno de reestruturação da Efacec e aceitar perdão de dívida se obrigacionistas e fornecedores também forem chamados a participar na solução
Jornalista
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A Efacec vai já no terceiro Natal depois da nacionalização dos 71,73% de Isabel dos Santos, e continua sem ter um dono capaz de assegurar a sua viabilidade. O Governo acredita agora que a solução chegará nos primeiros meses do próximo ano. A Parpública e os Ministérios das Finanças e da Economia estão a trabalhar a todo o vapor para que o processo de privatização esteja concluído no primeiro trimestre de 2023, sabe o Expresso. O ritmo das reuniões com os candidatos acelerou nos últimos dias. Dos oito interessados iniciais, dois já ficaram pelo caminho, e será entre estes seis remanescentes que será escolhido vencedor.
Em paralelo com a negociação com os candidatos, a Parpública e o Governo estão a trabalhar no plano de reestruturação da Efacec, que está neste momento com capitais próprios negativos e uma dívida de cerca de €200 milhões. Um dos cenários mais fortes em cima da mesa é uma mudança societária, que a acontecer passará pela separação da Efacec em dois — a ‘boa’ e a ‘má’ —, deslocando os ativos saudáveis para uma nova empresa, e deixando os ativos problemáticos, e parte da dívida da empresa, numa outra. Uma solução semelhante à aplicada ao BES, com a separação em banco ‘bom’ e banco ‘mau’, que acabará por ter custos para o Estado, que é quem tem garantido grande parte do crédito bancário.
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