A renda mediana dos novos contratos de arrendamento de habitação celebrados no terceiro trimestre do ano aumentou 7,6% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, segundo os dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quinta-feira.
Entre julho e setembro, a renda mediana dos 22.138 novos contratos de arrendamento (menos 5,5% que no mesmo período em 2021) realizados em Portugal manteve-se nos 6,55 euros por metro quadrado (m2), valor igual ao registado no trimestre anterior (altura em que se atingiu o valor mais alto da série iniciada em 2020).
Apesar do valor ter estabilizado em cadeia, os 6,55 euros por m2 representam uma subida de 7,6% face ao valor registado no ano passado.
Em relação ao terceiro trimestre de 2021, a renda mediana aumentou em todas as sub-regiões NUTS III, com exceção dos Açores, onde caiu 5,3%. Foi no Alentejo Litoral (+32,5%) e no Alto Alentejo (+25,8%) que se registaram os maiores crescimentos homólogos.
Quanto às áreas metropolitanas, houve um aumento de 12,6% em Lisboa e de 9,2% no Porto.
Já na variação em cadeia, a renda mediana aumentou em 18 das 25 sub-regiões NUTS III, sendo que o INE destaca as subidas no Alto Alentejo (+25,0%), Alentejo Litoral (+16,4%) e Cávado (+10,2%).
Por m2, o valor ficou acima da mediana nacional em quatro sub-regiões: Área Metropolitana de Lisboa (10,16 euros por m2), Madeira (7,52), Algarve (7,49) e Área Metropolitana do Porto (7,27). Por outro lado, nas Terras de Trás-os-Montes registou-se o valor mais baixo em relação à mediana (2,67).
Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, 23 dos 24 registaram um aumento da renda mediana em relação ao mesmo trimestre de 2021.
Desse grupo de concelhos, Barcelos, Funchal e Cascais registaram os maiores aumentos percentuais (25,5%, 20,2% e 20%, respetivamente). Cascais é, aliás, o município com as rendas mais caras (13,63 euros por m2), seguindo-se Lisboa (13,18), Oeiras (11,79) e Porto (10,08).
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: rrrosa@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes