11 dezembro 2022 8:56
wolfgang rattay/reuters
A 15 de dezembro, o Banco Central Europeu vai revelar se agrava ou amacia a subida dos juros e como vai cortar na carteira de dívida pública
11 dezembro 2022 8:56
A última reunião do ano do Banco Central Europeu (BCE) na próxima semana está envolta em enorme expectativa. O conselho dos responsáveis pelo euro enfrenta as duas mais importantes decisões de 2022. Para os mercados financeiros é fundamental saber que sinal vai dar o BCE em duas traves mestras do aperto da política monetária em curso: na magnitude da subida dos juros e na forma como vai emagrecer a carteira de títulos de dívida (sobretudo pública) em 2023, dando início efetivamente a um ciclo do que é designado tecnicamente como “aperto quantitativo” (QT, no acrónimo em inglês) do balanço do banco central.
Apesar dos ‘falcões’ do BCE apontarem para uma “subida robusta” das taxas diretoras a 15 de dezembro e de os principais membros da comissão executiva, e nomeadamente a sua presidente Christine Lagarde, não abrirem o jogo, entre os analistas de mercado admite-se que “o cenário de uma subida de meio ponto percentual (50 pontos-base) recolhe a maior plausibilidade”, diz-nos o professor Éric Dor, diretor do IESEG em França. O que apontaria para um abrandamento na ‘agressividade’ do ciclo de aumento dos juros, depois de duas subidas históricas consecutivas de 75 pontos-base (três quartos de ponto percentual).