Economia

Greve regressa à TAP ao fim de oito anos e ameaça Natal e Ano Novo

9 dezembro 2022 17:04

Aeroporto de Lisboa

mário cruz/lusa

Tripulantes de cabina e administração da TAP estão de costas voltadas. Mais cinco dias de greve provocaria cancelamento de cerca de 1500 voos

9 dezembro 2022 17:04

É preciso recuar a dezembro de 2014, antes da privatização, para sinalizar a última greve da TAP. Uma situação que voltou a ser realidade esta semana, na quinta e na sexta-feira, com evidentes prejuízos para a companhia e os tripulantes de cabina, que traçaram um conjunto de linhas vermelhas relativas ao novo acordo de empresa, que dizem que a administração da TAP ultrapassou. As contas foram feitas pela transportadora: 360 voos cancelados, e oito milhões de receitas. E já há uma nova ameaça de paralisação no horizonte — os tripulantes de cabina, associados do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), votaram a favor de mais cinco dias de greve a realizar até 31 de janeiro. Resta saber que período está em risco naquele que é um dos picos anuais da procura na aviação: o Natal e a passagem de ano. Só no início da semana ficará mais claro, já que o pré-aviso de greve tem de ser feito com 10 dias de antecedência. Cinco dias traduzem-se no cancelamento de cerca de 1500 voos. A votação a favor das duas greve foi expressiva. Há uma grande revolta nos tripulantes, fruto dos cortes salariais (25% acima de dois salários mínimos), e da proposta de novo acordo de empresa. A TAP tem-se queixado dos baixos níveis de produtividade dos tripulantes e do absentismo.

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