
Dezembro vai ser marcante para se saber se a política monetária dos principais bancos centrais abrandou e se o Banco do Japão, pela primeira vez desde 2016, iniciou um ciclo de subida dos juros
Dezembro vai ser marcante para se saber se a política monetária dos principais bancos centrais abrandou e se o Banco do Japão, pela primeira vez desde 2016, iniciou um ciclo de subida dos juros
Jornalista
Jornalista infográfica
O ano de 2022 vai ficar marcado por uma vaga de subida das taxas de juro pelos bancos centrais num aperto da política monetária jamais visto desde 2015, quando os portais de monitorização das decisões de política começaram a fazer o acompanhamento.
Até final de novembro, 74 bancos centrais envolvendo 92 economias (em virtude do Banco Central Europeu integrar 19 países no euro), decidiram 329 aumentos das taxas de juro. Em 2015 tinham sido 48 bancos e em 2021, quando se iniciou a atual vaga, sobretudo nos mercados emergentes, foram 50. O ponto mais baixo de aperto monetário, nos últimos oito anos, registou-se em 2020, no primeiro ano da pandemia, com a descida das taxas a envolver 93 bancos centrais.
O mês de dezembro vai incluir quase meia centena de reuniões de política monetária e vai ser particularmente importante em relação ao caminho que três dos principais bancos centrais do mundo vão indicar aos investidores e aos governos. A questão relevante é saber se a Reserva Federal norte-americana (Fed), o BCE e o Banco de Inglaterra (BoE) vão continuar a aumentar os juros em 75 pontos-base (três quartos de ponto percentual), ou se vão abrandar o ritmo de subida, como apontam os mercados de futuros das taxas.
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