Administrador vindo da CMVM regressa ao Banco de Portugal para assumir um dos papéis de maior destaque. A nova vice-governadora, Clara Raposo, ficará com Mário Centeno a defender a marca do supervisor bancário
Era o responsável por supervisionar as empresas cotadas em Portugal, e agora passa a ser o “polícia” com a tutela direta da vigilância dos bancos a operar no país. Com 45 anos, Rui Pinto (na foto, o primeiro a contar da direita) foi o escolhido entre o novo Conselho de Administração do Banco de Portugal para assegurar que os bancos nacionais cumprem todas as regras e leis – e que não põem em risco o bolso dos contribuintes.
Esta é uma das decisões saídas da primeira reunião da nova equipa de topo do Banco de Portugal, que se juntou na passada sexta-feira, 2 de dezembro, deliberando sobre a distribuição de pelouros. O Ministério das Finanças só agora concluiu a recomposição dos mandatos em falta, passando a administração liderada por Mário Centeno a contar com dois vice-governadores (Luís Máximo dos Santos e Clara Raposo) e quatro administradores (Francisca Guedes de Oliveira, Hélder Rosalino, Helena Adegas e Rui Pinto).
Não há propriamente uma surpresa na escolha de Rui Pinto para ficar com o departamento de supervisão prudencial já que, apesar de desconhecido do grande público, há anos que está ligado à supervisão direta. Estava na administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) desde 2016, e antes disso tinha já tido experiência na supervisão prudencial do Banco de Portugal: foi diretor-adjunto do departamento que agora vai administrar, sendo que nos anos anteriores tinha já tido cargos de liderança no supervisor.
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