Economia

Renováveis: Finerge fecha financiamento de 2,3 mil milhões de euros

Pedro Norton lidera a Finerge desde 2018
Pedro Norton lidera a Finerge desde 2018
Rui Duarte Silva

A empresa portuguesa de energias renováveis Finerge concluiu uma operação de 2,3 mil milhões de euros que refinancia a dívida existente e concede novo crédito para expansão dos negócios nos próximos anos

A Finerge, uma das maiores empresas de produção de energias renováveis em Portugal, concluiu uma operação de refinanciamento no valor global de 2,3 mil milhões de euros, informou a empresa liderada por Pedro Norton em comunicado.

A Finerge refere que “o refinanciamento serve para reembolsar a dívida existente e providenciar fundos para o desenvolvimento de projetos em pipeline” e irá também “assegurar o financiamento necessário para a incorporação de novos ativos no futuro”.

Segundo a empresa de renováveis, a conclusão deste processo “simplifica a estrutura societária da Finerge e unifica as múltiplas estruturas financeiras numa única plataforma”.

“Com uma estrutura financeira robusta, a Finerge está mais preparada para expandir o seu negócio no mercado ibérico, replicando o nosso excelente desempenho em Portugal”, comentou, no comunicado, o presidente executivo da Finerge, Pedro Norton.

A operação de refinanciamento introduz um mecanismo de amortização variável desenvolvido para otimizar a estrutura de capital em função dos recursos eólicos e solares, informou a Finerge, indicando que “a estrutura de capital inclui mecanismos de financiamento com um perfil de médio e longo prazo assegurados por dez instituições financeiras”.

Na quinta-feira o portal especializado Inframation revelou a conclusão desta operação, indicando que ela é composta por uma tranche principal de 1,6 mil milhões de euros de dívida a 14 anos para refinanciar a dívida existente da Finerge que está associada à carteira de 1,6 gigawatts de ativos eólicos e solares.

Adicionalmente, o pacote contratado inclui um empréstimo de 250 milhões de euros a 21 anos para financiar uma carteira de novos projetos de renováveis de 560 megawatts (MW), um outro financiamento de 200 milhões de euros a cinco anos para a expansão da Finerge e mais algumas parcelas de apoio.

Na operação participam, entre outros, os bancos Santander, MUFG, ING, Natixis e BNP Paribas.

A Finerge foi aconselhada pelo Santander CIB, Latham & Watkins, Vieira de Almeida, EY e G-advisory. A Allen & Overy fez a assessoria jurídica dos financiadores.

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